Neste 08 de março, o Sintero – através da Secretaria de Gênero e Etnia, reafirmou a luta pela vida das mulheres, reivindicando vacina, auxílio emergencial e políticas públicas de enfrentamento às vítimas de feminicídio e violência doméstica no Estado de Rondônia, por meio de um buzinaço, que iniciou na frente da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e percorreu as principais ruas do centro de Porto Velho.

Considerado como um dia de luta, a mobilização pública no Dia Internacional da Mulher, foi estimulada principalmente, pelos altos índices de violência e feminicídio em Rondônia, que tiveram crescimento de 138% e 254,5%, respectivamente, durante o período de pandemia. Os dados são do 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2020, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Rondônia comumente já sofre com a subnotificação, pois as denúncias de violência contra as mulheres não se efetivam do como que deveriam acontecer. Porém, a crise sanitária tornou o ato ainda mais presente e invisível aos órgãos competentes, visto que o lugar mais perigoso para as mulheres foi justamente, o lugar em que elas passaram a maior parte do tempo, em suas casas. Com o isolamento social, as mulheres ficaram mais vulneráveis à convivência com seus agressores em tempo integral, potencializando assim, o constrangimento e a dificuldade de acesso aos equipamentos e ações públicas de assistência à vítima.

Durante o ato, o Sintero também reivindicou o retorno do auxílio emergencial para as milhares de famílias, muitas vezes chefiadas por mulheres, que estão sofrendo com o desemprego e encontram-se em situação de vulnerabilidade.

Também foi reafirmado, a reivindicação por vacinação em massa para toda a sociedade rondoniense, que continua sofrendo com a alta propagação do vírus. No último boletim, divulgado na tarde desta segunda-feira (08/03), foram contabilizados 66 mortes nas últimas 24 horas e 1.341 novos casos confirmados.

Para Rosenilda Ferreira de Souza Silva (Rosa Negra), secretária de Gênero e Etnia do Sintero, a pandemia da Covid-19 agravou as dificuldades sociais e econômicas que as mulheres já encontravam em seu dia a dia. O descaso e o negacionismo com que o Governo Federal tem conduzido a crise sanitária, deixa as mulheres em uma situação de extrema vulnerabilidade, pois há um total despreparo e irresponsabilidade por parte dos atuais governantes.

“Precisamos conter as mortes, a fome e o desemprego que assola o nosso país. Nós, mulheres, somos as que mais sofremos com os impactos provocados pela pandemia. Neste contexto, estamos reivindicando nosso direito de viver com dignidade, justiça e igualdade”, disse Rosa Negra.

Veja a galeria de fotos no link abaixo:

http://sintero.org.br/eventos/buzinaco-dia-internacional-das-mulheres/149/1

Fonte: Sintero

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