O motivo da mobilização é a abertura de capital da Caixa Seguridade, uma das operações mais rentáveis do banco, marcada para a próxima quinta-feira (29) na Bolsa de Valores

A exemplo do que acontece simultaneamente em todo o país, os empregados da Caixa Econômica Federal rondonienses participaram, nesta terça-feira (27), da paralisação de 24 horas em protesto contra sucessivos ataques da gestão Bolsonaro e do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao banco público, ao funcionalismo e à população. O motivo da mobilização é a abertura de capital da Caixa Seguridade, uma das operações mais rentáveis do banco, marcada para a próxima quinta-feira (29) na Bolsa de Valores.

Os trabalhadores reivindicam ainda a contratação dos aprovados no concurso de 2014, pagamento integral da PLR Social, maior proteção contra a covid-19 nas agências e vacinação imediata para a categoria bancária. A paralisação foi deliberada em assembleias com votação eletrônica realizadas na quinta-feira (22) por todo o país.

Bancários durante o protesto realizado nesta terça-feira (27) em Porto Velho

Em Rondônia o ato se concentrou na capital, onde os dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro (SEEB-RO) nos locais de trabalho (e cumprindo todas as normas de segurança e prevenção contra a covid-19), esclareceram que a paralisação é a forma de combater a sanha do governo e da direção da Caixa em privatizar o maior banco público do país, não promover a contratação de mais empregados e não incluir os bancários nos grupos prioritários para a imunização contra a covid-19, fatores que a categoria reivindica e considera fundamentais para, inclusive, oferecer um melhor e mais seguro atendimento à população.

“Além de deixar bem explícito o seu pervertido apetite por descapitalizar, pra depois vender a Caixa a troco de banana, o governo, por meio do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, massacra os empregados, que desde o início da pandemia colocam sua vida em risco diariamente para atender as pessoas que precisam receber o Auxílio Emergencial e outros tantos benefícios pagos pelo banco. Estes trabalhadores, já exaustos, são expostos diariamente ao assédio institucional que existe na empresa que, entre outras coisas, insiste na cobrança pelo atingimento de metas desumanas em plena pandemia. Além disso a Caixa simplesmente não pagou corretamente a PLR Social e sequer comunicou o fato aos empregados”, explicou José Toscano, presidente em exercício do SEEB-RO.

O Sindicato, ainda hoje, após a manifestação nacional, fará uma avaliação da paralisação no Estado e, conforme o entendimento de todos, nova assembleia geral virtual poderá ser realizada pra definir as estratégias para potenciais novas manifestações, protestos e paralisações para os próximos dias.

Fonte: Assessoria/SEEB-RO

 

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