Estudo avaliou qualidade e disponibilidade de dados ambientais em 11 estados da Amazônia e Matopiba
O estado de Rondônia tem baixa transparência de dados sobre autorizações de supressão vegetal (ASVs) e, com isso, dificulta o controle da ilegalidade de desmatamento, que pode chegar a 97,9% do total.
É o que aponta um estudo inédito desenvolvido por pesquisadores do Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e que contou com apoio do WWF-Brasil.
O levantamento considerou as bases de dados de autorizações de supressão da vegetação nativa emitidas até o segundo semestre de 2020 nos onze estados que compreendem a Amazônia Legal e o Matopiba.
Foram analisados o acesso e a disponibilização das bases de autorizações de desmatamento por meio da verificação de sites das agências estaduais de meio ambiente e do Ibama, dos Diários Oficiais dos estados, e da situação dos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (OEMAs).
Rondônia ficou no grupo dos que disponibilizam dados sobre desmatamento nos sites oficiais, embora em formato inadequado e com limitações em relação a outros critérios, como abrangência e possibilidade de download único.
O estado também integra o grupo de estados que não disponibiliza nenhuma informação acerca das ASVs nos Diários Oficiais Estaduais (DOEs).
Além disso, foram feitas solicitações aos órgãos públicos, via Lei de Acesso à Informação (LAI).
A resposta veio no formato solicitado, mas sem abranger todo o período a partir de 2008 – marco estabelecido pelo Código Florestal e usado como referência para acordos e compromissos setoriais.
Fonte: Assessoria/Tudo Rondônia