Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), representante máxima do setor, o Dia dos Namorados deve movimentar R$ 1,8 bilhão em vendas no varejo de todo o país este ano. É um crescimento de 29,4% em relação à mesma data no ano passado, porém, como o nível do ano passado foi muito baixo, pelas restrições impostas pela pandemia, quando houve uma queda histórica de -25,3%.  A comparação adequada deve ser feita com as vendas realizadas em 2019, que foram de R$ 1,87 bilhão, ou seja, as vendas este ano devem ficar 4% abaixo do patamar verificado em 2019.

Em Rondônia, segundo o Departamento Econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia – Fecomércio/RO, a situação será um pouco melhor, de vez que as vendas são estimadas em R$ 12 milhões, ou seja, apenas -3,7% abaixo dos R$ 12,5 milhões vendidos em 2019.  O presidente da Fecomércio/RO e vice-presidente da CNC, Raniery Araujo Coelho, destaca que a data 12 de junho é muito importante para o varejo e que, este ano, deve ter uma importância maior porque a flexibilização das medidas restritivas deve impulsionar também o setor de serviços, embora ainda com as restrições feitas aos banhos e balneários, para ele, já se observa um começo de reação nas vendas em bares, restaurantes, setor de beleza e estética e outros, inclusive, o turismo que foram muito afetados pela pandemia.

No entender de Raniery “Precisamos acelerar a vacinação, pois, é essencial que haja uma tendência de baixa nos números para que a economia possa voltar à normalidade. De qualquer forma, há indicadores de que, logo, voltaremos a aquecer o mercado e o otimismo de muitos empresários nos leva a crer que o Dia dos Namorados irá ajudar a superar este desafio da retomada do crescimento”.

Vestuário tende a ser carro chefe das vendas

O que tem animado os empresários é a maior movimentação neste ano, que provém da redução nos níveis de isolamento social. Na segunda quinzena de maio de 2020, a concentração de consumidores em áreas comerciais havia recuado 53% em relação à circulação verificada antes do início da pandemia, de acordo com monitoramento realizado pelo Google. Embora o consumo presencial não tenha ainda se normalizado, na segunda metade de maio de 2021 a concentração da população nessas áreas aumentou, situando-se 22% aquém da circulação considerada “normal”. Isto é o que se observa com que o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio-IEEC de Porto Velho que, em maio, alcançou 153 pontos, numa escala de 0 a 200 pontos, o que reflete uma expectativa muito melhor em relação ao futuro. Também contribui para isto, em Rondônia, a recuperação que alguns segmentos da economia que experimentam, como é o caso do segmento de vestuário, calçados e acessórios, o carro-chefe das vendas associadas ao Dia dos Namorados, que, em nível nacional, deve ter o equivalente a 44% das vendas esperadas no período. Trata-se de um resultado animador na medida em que, em 2020, as lojas do ramo de vestuário amargaram perdas de 43% em relação à data de 2019.

São esperadas boas vendas ainda nos ramos de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (celulares em especial), hiper e supermercados e farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos. Também se deve considerar que, com a desvalorização cambial no primeiro trimestre, os produtos tipicamente mais demandados nesta época apresentam o maior aumento de preço (+3,9%) desde 2017. Destacam-se neste contexto as flores (+18,8%), joias e bijuterias (+17,6%) e os relógios de pulso (+10,3%). Em contrapartida, sete itens pesquisados deverão estar mais baratos do que no mesmo período do ano passado, com destaque para os serviços de hospedagem (-7,6%), livros (-5,8%) e artigos de maquiagem (-3,9%).

 

 

 

Fonte: Assessoria Fecomércio

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