Numa tribo indígena, localizada onde mais tarde foi fundado o município de Belém do Pará, os alimentos se tornavam escassos em decorrência do aumento populacional, por esse motivo o cacique ordenou que todas as crianças que nascessem fossem mortas.
Assim aconteceu com a sua neta, sacrificada após Iaçã, sua filha, ter dado à luz. Iaçã sofreu muito e chorava sem parar, até que pediu ao deus Tupã que mostrasse ao pai uma forma de resolver o problema da tribo sem que fosse preciso matar as crianças.
Foi então que numa noite, Iaçã ouviu o choro de um bebê e ao olhar viu a sua filhinha junto de uma árvore. Correndo para ela, a menina desapareceu nos braços da mãe, onde também morreu Iaçã depois de tanto chorar.
Iaçã foi encontrada sem vida abraçada à palmeira e olhando com um semblante sereno e feliz para o topo da árvore, que estava repleta de frutinhos escuros.
Os frutos foram apanhados e dele fizeram um suco nutritivo que alimentou a tribo. O cacique batizou o fruto de Açaí (Iaçã, ao contrário) em homenagem a sua filha.