A pesquisa Demografia das Empresas / Estatísticas do Empreendedorismo, referente ao ano de 2019, demonstrou que 20% das unidades locais de empresas rondonienses eram novas ou empresas que foram reativadas. No total, havia quase 33 mil unidades locais empresariais.
Divulgada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Demografia das Empresas analisa as taxas de entrada, saída e sobrevivência das empresas formais do país. As Estatísticas de Empreendedorismo, por sua vez, usam informações das pesquisas anuais de Comércio, Construção, Indústria e Serviços para a produção de indicadores sobre as empresas de alto crescimento.
Em relação à remuneração recebida pelo pessoal assalariado, notou-se que ela era maior nas empresas sobreviventes, aquelas que estavam ativas no ano de referência e no ano anterior. Enquanto um trabalhador deste tipo de unidade recebia, em média, 1,9 salário mínimo por mês, nas novas empresas, o rendimento era de 1,4 salário mínimo.
A pesquisa mostrou ainda que, entre 2009 e 2019, houve um aumento de 19,7% no número de unidades locais ativas no estado de Rondônia. O pessoal ocupado assalariado também apresentou aumento de 20,2%, passando de 168 mil para 202 mil.
Por classificação de atividade, o setor de comércio e reparação de veículos automotivos representou 49,6% das unidades locais ativas, seguido do setor de indústria da transformação (7,4%) e do setor de transporte, armazenagem e correio (6,1%). Porém, observou-se que a representatividade do comércio caiu em dez anos, já que, em 2009, este setor era 58,1% das unidades locais rondonienses.
O setor de comércio e reparação de veículos automotivos também teve a maior participação entre as 202 mil pessoas ocupadas assalariadas em 2019: 40,6%. A indústria da transformação tinha 16,8% do pessoal ocupado assalariado e atividades administrativas e serviços complementares representaram 7,5% destes trabalhadores.
Sobre as empresas de alto crescimento e as empresas gazelas, a pesquisa apontou que, em 2019, existiam 569 unidades na primeira categoria e 34 na segunda. Empresas de alto crescimentos são as que começam com mais de dez pessoas assalariadas e têm aumento médio de pessoal ocupado maior que 20% ao ano por três anos seguidos. Já as empresas gazelas são as com alto crescimento com até cinco anos de idade. Estes tipos de estabelecimentos empresariais empregaram 17.494 pessoas.
O setor de comércio e reparação de veículos automotivos também é o segmento com maior proporção entre as empresas de alto crescimento e as empresas gazelas, representando 45,5% e 47% respectivamente.
Acerca da sobrevivência das empresas, a pesquisa demonstrou que Rondônia tem a melhor taxa na região Norte de unidades locais com dez anos de criação: 23,8%, sendo a oitava maior do país. Já em relação à sobrevivência no primeiro ano de criação, o estado apresenta a segunda melhor taxa nortista: 77%, ficando atrás de Tocantins (77,6%).
Fonte: IBGE
Foto: Diário da Amazônia