Ao todo são pelo menos seis pontos críticos, onde a navegação correria riscos
É um equipamento gigantesco, que chama a atenção mesmo de quem o vê a grande distância. No meio do rio Madeira, parece um dragão da mitologia, não cuspindo labaredas de fogo, mas toneladas de terra. Uma draga auto transportadora que está sendo utilizada pelo Dnit para a dragagem do rio Madeira, pode sustentar, na verdade, até 3 mil metros cúbicos.

Comum em outras regiões, pela primeira vez a gigantesca draga está sendo utilizada para melhorar a navegação no nosso maior rio, quando chegar a temporada de seca. E ela virá, segundo as previsões chegadas ao próprio Dnit. Nesse ano, há risco concreto de que ocorra uma seca histórica no Madeirão, como poucas vezes se viu desde o século passado. Para que se mantenha a navegabilidade do rio, este trabalho é vital.
Há um esforço especial do Dnit neste contexto. O superintendente do órgão em Rondônia, o engenheiro Andre Santos, tem atuado junto à Diretoria Aquaviária, no Dnit, em Brasília, “para que tenhamos cada vez mais condições de dar atenção a esse modal de transporte, que é vital para a economia de Rondônia”, anuncia.
O DNIT já concluiu a dragagem do chamado passo crítico do Cujubim, retirando 300 mil metros cúbicos de material dragado no canal, o que vai permitir que as embarcações passem com calado de 3 metros e meio, no período de maior seca. Depois, foi iniciada a dragagem em outro ponto crítico, o de Curicacas, abaixo do distrito de São Carlos.

Segundo informa o engenheiro Emanuel Nery, ao todo são pelo menos seis pontos críticos, onde a navegação correria riscos, caso não houvesse a ação forte da manutenção do canal.
O trabalho se estenderá até o final do mês de julho, quando deverá concluir a dragagem no passo crítico de Manicoré. O trabalho, junto com a manutenção de pelo menos 2 mil quilômetros de rodovias no Estado, é coordenado por apenas sete engenheiros.
Fonte: Coluna Opinião de Primeira
Autor: Sérgio Pires