O Brasil registrava, até quarta-feira (27), 978 casos de varíola do macaco, sendo 75% no estado de São Paulo (744). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44).
Nos 71 países que já detectaram casos, mas onde a doença não é endêmica – incluindo o Brasil –, não havia sido nenhuma morte até o momento.
Mundialmente, já são mais de 21 mil casos confirmados, sendo o Brasil o sexto país com mais diagnósticos, atrás dos Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Reino Unido e França.
A líder técnica de monkeypox da OMS, Rosamund Lewis, lembrou nesta semana que crianças, gestantes e indivíduos com imunossupressão são considerados grupo de risco dessa doença.
“Crianças têm um risco aumentado de doença grave – isso não quer dizer que qualquer criança que contraia a doença terá uma doença severa. As crianças, gestantes e imunocomprometidos são os grupos que podem desenvolver doença severa. As crianças ainda estão formando seu sistema imunológico. Algumas pessoas têm o sistema imunológico mais fraco, seja por doença ou, por exemplo, quimioterapia ou outros tratamentos”, disse a especialista em entrevista coletiva na quarta-feira (27).
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, na mesma ocasião, que a taxa de hospitalização neste surto tem sido em torno de 10%, na maioria das vezes para controle da dor.
No último sábado (23), a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a varíola do macaco é uma emergência global, afirmando que é necessário um esforço entre países para frear a disseminação do vírus.
A agência admitiu pela primeira vez, hoje, que a doença está se transmitindo, também, por relações sexuais.