Desta última vez, foram 13 anos de enrolação, má vontade, ações judiciais sem fim contra as obras. Ou seja, há bem mais de uma década, só mimimi e tentativas vindas de órgãos oficiais, pressionados por ambientalistas e ONGs nacionais e internacionais, para que o projeto de asfaltamento de todos os perto de 900 quilômetros da BR 319 jamais saísse do papel.
O Ibama exigiu, re-exigiu, exigiu de novo uma série de estudos sobre o famigerado impacto ambiental, porque o asfaltamento da rodovia poderia causar danos à floresta. Vários estudos foram feitos, todos considerados incompletos. Agora, com a promessa do presidente Bolsonaro de que o asfaltamento sairia, as coisas começaram a andar com um pouco mais de rapidez.
Desde ao menos 2009, o Ibama repetia que só daria a autorização para as obras, caso fosse feito novo Estudo de Impacto Ambiental (Eia-Rima). Todos os anteriores, feitos durante longos anos, foram ignorados. Tudo teve que começar praticamente do zero e, finalmente, o OK foi dado. Com isso, a Superintendência Regional do Dnit vai receber a autorização do Ministério da Infraestrutura para começar a dar andamento aos projetos e futuras licitações para a realização das obras, principalmente nos 450 quilômetros do chamado “Trecho do Meio”.
Isso não significa que tudo andará normalmente. Claro que a obra terá fiscalização intensa, porque qualquer fio de cabelo fora do projeto, mobilizará grandes forças para parar tudo de novo
Fonte: Opinião de Primeira
Autor: Sérgio Pires