Vacinação de animais e pré-profilaxia em humanos são fundamentais para controle da doença. Veterinários precisam se proteger e atuam como consultores do tema para a população geral
Dia do Veterinário, 9 de setembro – Nos últimos meses, cinco casos de morte por raiva humana, em Minas Gerais e Distrito Federal, chamaram atenção1 e reacenderam o debate sobre esta doença cujo índice de letalidade em humanos chega a 100%.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão globalmente acontece majoritariamente por cães atualmente2, o que reforça a importância de garantir a imunização com a vacina antirrábica de cães e gatos. Porém, diferente do que muitos imaginam, a raiva humana também está presente no meio rural e silvestre e pode ser transmitida por bois e vacas, cavalos, porcos, cabras, ovelhas, raposas, guaxinins, macacos e, principalmente, os morcegos3.
Por este motivo, é o veterinário, profissional de saúde presente tanto na cidade, quanto no campo que, primeiro, precisa estar protegido e, segundo, deve atuar como consultor de modo a esclarecer a população geral sobre a raiva e incentivar a vacinação dos bichos.
“As taxas de vacinação contra raiva em animais no Brasil caem ano após ano o que acaba consequentemente aumentando significativamente o risco para os humanos, especialmente aqueles que vivem no meio rural ou trabalham em contato direto com animais.”, afirma Dr. Nélio Batista, Presidente da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária.
“Num cenário de casos recentes de raiva humana, vale lembrar e mesmo contar, porque muita gente não sabe, que existe a vacinação preventiva também para humanos e deve ser administrada, principalmente, nas populações com maior risco de infecção, entre elas, os veterinários”, complementa a Dra. Jacy Andrade, médica infectologista.
O assunto tem sido tema de debate e gerado movimentos na sociedade brasileira. Recentemente, grandes cidades como Belém, Fortaleza e Salvador realizaram ou pretendem realizar o dia D de vacinação pré-profilaxia contra a Raiva Humana.
“Este é um movimento importante, já que cada vez mais se compreende que cuidar da saúde dos animais é também cuidar da saúde humana. E cuidar do meio ambiente, de modo a não gerar superpopulações de animais potencialmente transmissores da raiva humana, por exemplo, é cuidar do planeta como um todo”, finaliza o Dr. Nélio Batista.
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Fonte: Assessoria
Imagem: YouTube