A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), no município de Espigão D’Oeste e Cacoal, a Operação Carontes, como objetivo de desarticular um grupo criminoso especializado no monitoramento de órgãos de fiscalização. Entre os investigados, está um agente da segurança pública do estado de Rondônia.

Segundo a Polícia, o grupo criminoso, monitorava a própria Polícia Federal, Ibama, Sema e entre outros órgãos, assim, facilitava a exploração e o transporte de madeira extraída ilegalmente de terras públicas da União, sobretudo das Reservas Roosevelt e Aripuanã.
Equipamentos utilizados para monitorar ações da própria Polícia Federal, Ibama e Sema

Com isso, a justiça deferiu 13 mandados de busca e apreensão em residências localizadas nos municípios de Espigão do Oeste e Cacoal. As pessoas investigadas, incluindo um agente da segurança pública do estado de Rondônia, foram intimados a prestarem esclarecimentos. Os trabalhos contam com a participação de cerca de 60 policiais federais.

A investigação teve início a partir da prisão de uma das pessoas investigas ao ser flagrada em atividade clandestina de telecomunicação, rádio amador.

A análise do material apreendido em posse da detida revelou a existência de uma verdadeira associação criminosa voltada à prática de telecomunicação clandestina e outros crimes.

Constatou-se, nas investigações, que a finalidade do grupo, composto principalmente por “olheiros” e “batedores”, era informar madeireiros, caminhoneiros e outros exploradores de madeiras no interior de terras da União, sobre a presença de policiais ou agentes ambientais atuantes no combate à exploração de madeiras, em contrapartida recebiam valores pré-definidos pelo serviço.

As informações repassadas continham vários dados a respeito dos órgãos de fiscalização que estivessem à região, como as características do veículo, localização, direção de deslocamento. Em alguns casos, quando utilizados aplicativos de mensagens de celular, as informações eram acompanhadas de fotografia do veículo e dos agentes públicos.

Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de associação criminosa, favorecimento real, desenvolvimento clandestino de telecomunicação e dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões ambientais.

 

Fonte: Rondoniagora

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