A secretária municipal de educação de Porto Velho, Gláucia Negreiros, ao tomar conhecimento da situação das 500 famílias que moram em um assentamento na Gleba Rio Preto, região do Alto Madeira, se pronunciou a respeito da situação da escola que atende a comunidade. A estrutura de madeira começou a ser construída pelos próprios moradores, mas precisa ser concluída. Eles também pedem um posto de saúde e recuperação da estrada.

“Nós enviamos lá para a escola, no início deste mês, um valor de R$ 150 mil do Profem/Reforma para a diretora, para que ela possa finalizar a construção da escola. E já entregamos as cadeiras para todos os alunos, mobiliários. E esse recurso de R$ 150 mil é para ela finalizar a obra e também comprar equipamentos. A Energisa já colocou energia solar na escola. Com esse dinheiro ela vai poder finalizar a questão do poço, encanamento do banheiro que está faltando. Então o dinheiro já foi depositado na conta do consórcio e está a disposição da diretora Laudelina para que ela finalize a obra”, declarou.
Ainda segundo Glaucia Negreiros., a Secretaria de Educação (Semed) já esteve na comunidade, levou os mobiliários “e a gente conseguiu vencer a burocracia e encaminhamos por meio de um consórcio que foi criado, esse valor de R$ 150 mil para que a diretora Laudelina consiga proceder a contratação do pedreiro e aquisição de equipamentos como ventiladores e fogão, tudo já a disposição da professora Laudelina, que é a diretora da escola”, afirmou.
ESTRADA
Sobre a situação da estrada principal, conhecida como Linha Eletrônica, o titular da Superintendência Municipal de Integração Distrital (SMD), Wellen Prestes, informou que vai acionar a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric) para verificar a situação e, consequentemente, a possibilidade de recuperação da via de acesso ao local.
RESERVA
Além disso, Glaucia Negreiros ficou de acionar a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária, Habitação e Urbanismo (Semur), devido a informação de que a Gleba Rio Preto fica dentro de uma reserva ambiental.
Os moradores, no entanto, mostram documentos que teria sido expedido pelo Incra, dando conta que se trata de um assentamento agrícola e não área de reserva. “Se fosse reserva o Ibama já teria tirado a gente daqui”, disse uma moradora.
Produtor de leite e de queijo, o morador Leandro Oliveira Rocha, exibe documento do Incra e afirma que mora no local há 33 anos, desde fevereiro de 1990. “Aqui é loteamento dado pelo Incra. Está aqui a prova, o documento que é o título da terra”, afirmou. A escola, segundo ele, foi construída em 1994 e o seu pai foi o primeiro professor. Também afirma que as famílias não estão assentadas em área de reserva.