Por Sérgio Pires
Este texto é de inteira responsabilidade do seu autor
Empurrar estatísticas, criar números e percentuais; empurrar goela abaixo tudo aquilo que apenas vai ao encontro à sua ideologia e às suas crenças, sejam reais ou não: a tática é conhecida antes de Paul Goebels, o ministro nazista da Propaganda, porque vem dos tempos das teorias de Karl Marx, implantadas no mundo por Vladmir Lenin. No Brasil, para tentar respaldar uma legislação feita sob medida para proteger criminosos e ignorar suas vítimas, tentam nos enganar com uma série de informações que, basta pesquisar em locais sérios, nada têm a ver com a verdade.
Vamos a algumas afirmações que merecem contestação. “O Brasil prende demais!”. Mentira. O Brasil está na 30ª posição no ranking de população carcerária, no mundo, proporcionalmente ao total de habitantes. Cuba, por exemplo (e isso não se fala, está em sétimo lugar pelos mesmos critérios). “As cadeias estão superlotadas!”. A verdade: a taxa de ocupação média é de 160 por cento, muito similar a outros países do Terceiro Mundo. A versão: “Mais de 40 por cento dos presos não têm condenação definitiva!”. A verdade: este índice é o mesmo de países como a Holanda e a Suiça, entre vários outros países. O exagero: “as prisões estão cheias com gente que roubou um pão para comer!”. A realidade: a lei 9.099, de 1996, prevê apenas multas e medidas socioeducativas para crimes leves. Se o réu for primário, em caso de furto simples, nem inquérito criminal é instaurado. Invenção: “As cadeias estão cheias de gente que foi presa apenas por fumar um baseado!”. Óbvia mentira. “A lei 11.343 prevê apenas multas e medidas socioeducativas, em casos como esses.
Só isso? De jeito nenhum. Tem muito mais. Quem já não ouviu que “cadeia não resolve nada!”. Absurdo. Há estudos que mostram que um criminoso preso pode significar 15 crimes a menos cometido nas ruas. Outra: “prender custa caro!”. Na verdade, um criminoso solto pode custar até 20 vezes mais caro à sociedade. Estudos mostram que os benefícios sociais da prisão, sob o ponto de vista de uma sociedade que é vítima do crime, custam muito menos. “A prisão não reabilita!”. E não reabilita mesmo. Há levantamentos feitos inclusive em países de Primeiro Mundo, que mostram que mais da metade dos criminosos volta a cometer crimes. A prisão não é para beneficiar criminosos, ela foi feita para proteger a sociedade. Reabilitação não depende do Estado, mas apenas do próprio condenado. Por fim, uma das piores mentiras de todas: “o crime é fruto da pobreza!”. A imensa maioria, a esmagadora maioria das pessoas pobres é de gente honesta. A Índia, campeã da pobreza e segundo país do mundo em desigualdade, tem 30 vezes menos homicídios per capita do que o Brasil. Os pobres, na verdade, são as maiores vítimas dos criminosos. Nas redes sociais, é fácil encontrar todas essas contestações sobre o que tentam nos empurrar goela abaixo, apenas por questões ideológicas, em defesa da bandidagem. Vade retro!
CLIQUE AQUI E LEIA A COLUNA COMPLETA
Fonte: Coluna Opinião de Primeira
Autor: Sérgio Pires