Nesta quinta-feira, 21, por volta das 4h, aconteceu um acidente fluvial próximo ao Hotel de Selva, do lado Boliviano (fronteira de Rondônia com a Bolívia), quando uma embarcação, tipo voadeira, ocupada por cinco indígenas da aldeia Sotério naufragou. Segundo informações preliminares, os indígenas seguiam para a localidade de Ricardo Franco, quando aconteceu o acidente. Eles teriam saído de Guajará-Mirim por volta das 3h da manhã e o naufrágio teria ocorrido uma hora depois.
Após o acidente, um dos ocupantes do barco teria ficado preso à parte traseira da voadeira, impedindo ele de nadar. Imediatamente após receber a informação, por volta das 06h30, uma equipe do Corpo de Bombeiros, comandada pelo Ten. BM Aguinaldo seguiu para o local do acidente. A equipe tinha, ainda, o Sgt BM Adão Alves (mergulhador) e o piloto, Sgt BM Alessandro. Chegando ao local, os bombeiros militares agiram imediatamente, já que a embarcação estava próxima à margem do rio e encontrava-se semi-submersa. Em pouco tempo, foi possível resgatar o corpo do indígena morto no acidente, que foi identificado como Luciano Macurapi. Ele pertencia à Aldeia Ricardo Franco.
No barco, entre outras pessoas, também estariam duas mulheres e uma criança. Eles se salvaram porque conseguiram chegar até uma ilha do lado boliviano, conforme foi apurado pelo site minhaportovelho.com.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) em Porto Velho, capital de Rondônia, porque há muitos anos, os municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré não contam com o atendimento de profissionais da perícia médica. Sempre que ocorre um fato que exige a atuação de peritos médicos, a situação é de completo transtorno para os familiares, já que os corpos são levados para Porto Velho, cerca de 350 km de Guajará-Mirim. Nessas situações, os corpos ficam no necrotério do Hospital Regional, enquanto os familiares aguardam a chegada do veiculo conhecido como “Rabecão”, que faz o trabalho de translado à capital.
DESCASO
Infelizmente, Nova Mamoré e Guajará-Mirim são tratados com muito descaso pelas autoridades estaduais. Este fato da ausência de profissionais de perícia médica e da estrutura do IML para atender os citados municípios, é sempre pauta de discursos políticos em todas as campanhas eleitorais de governadores e deputados, mas o assunto é completamente esquecido, após as eleições. É lamentável que a população destes municípios tenha que sofrer com a omissão, negligência e descaso das autoridades.
Fonte: Guajará Notícias