Um pastor evangélico foi sentenciado a nove anos e três meses de reclusão pelo abuso sexual de um adolescente de 12 anos. O delito ocorreu dentro de um templo religioso em Cristalândia, na região central do estado do Tocantins.
De acordo com a acusação, o adolescente foi vítima de abusos entre os anos de 2016 e 2017. A igreja estava localizada em frente à residência da vítima. Além do delito, o adolescente também sofreu violência psicológica.
Durante o depoimento na fase de investigação, a vítima relatou que costumava frequentar um bazar organizado pelo acusado na igreja, para brincar com seus filhos. Foi durante essas visitas que o pastor teria tocado suas partes íntimas, na casa pastoral do local.
O acusado também costumava visitar a casa do menino, que afirmou ter sido vítima do pastor em três ou quatro ocasiões. Em uma das vezes, o acusado teria ordenado que o adolescente se sentasse em seu colo para continuar com o abuso.
O menino relatou o que estava acontecendo para sua mãe, que levou o caso à polícia.
O pastor se defendeu, alegando em seu interrogatório que a mãe do menino tinha ciúmes dele e que teria induzido o filho a fazer as acusações. Ele também afirmou que percebeu que a vítima contava mentiras e que nunca ficou sozinho com ele.
Durante a investigação do caso, um Laudo Psicológico e de Avaliação do Serviço Social concluiu que os depoimentos tanto da vítima quanto da mãe eram compatíveis com um cenário de violência sexual.
“Assim, o comportamento atribuído ao acusado, de tocar as partes íntimas da vítima, configura uma violação significativa à dignidade sexual e se enquadra no tipo penal de estupro de vulnerável. […] Neste ponto, embora não seja possível identificar precisamente a quantidade de atos praticados pelo acusado, pode-se afirmar que a vítima foi violentada várias vezes, considerando que, de acordo com os relatos da vítima, os abusos ocorreram durante vários anos”, considerou o juiz José Eustáquio de Melo Júnior, da 2ª Vara da Comarca de Cristalândia.
Fonte: Gazeta Rondônia/Soumaisnotícias