Moradores das comunidades ribeirinhas, principalmente ao longo do baixo e médio Madeira, vivem o pesadelo de uma nova enchente e a perda de grande parte da plantação que garante a sobrevivência das famílias de pequenos produtores da Agricultura Familiar.

Foto: Severino Nobre, comunidade de Mutuns

“Vindo pela Linha C-01, que dá acesso à BR-319, as comunidades de Mutuns e Bom Jardim já estão isoladas. É que parte da estrada já está debaixo d’água, tornando ainda mais difícil a vida dos ribeirinhos, que para se locomover agora, somente em suas pequenas embarcações, como rabetas e canoas”, lamenta Severino Nobre, presidente da Associação de Moradores de Mutuns.

Foto: Vanderluce Borges, Ilha Nova

No baixo Madeira a situação não é diferente. De acordo com Vanderluce Borges, moradora de Ilha Nova, o nível do rio Madeira subiu tanto nos últimos dias que já está invadindo os quintais das casas. E a exemplo de outras localidades, já começam a sofrer perdas da produção, especialmente na plantação de banana e mandioca, entre outras.

Os moradores pedem mais apoio da prefeitura de Porto Velho, especialmente da Defesa Civil Municipal e da Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf) para amenizar o sofrimento.

Por sua vez, a Defesa Civil Municipal informa que está monitorando constantemente as comunidade, especialmente as regiões que apresentam maiores riscos de alagação, fornecendo água mineral, cestas básicas e hipoclorito de sódio.

O contraste de tudo é que há poucos meses, no chamado “verão amazônico”, a seca era extrema. Atualmente, com o nível do rio Madeira um pouco superior a 15 metros, na chamada cota de alerta, os moradores voltam a sofrer com a falta de água potável. Antes, o problema era a escassez, agora é o excesso de água.

VÍDEO COMUNIDDE ILHA NOVA

“Desde 2014, não alagou mais. Entretanto, com toda essa água que está vindo agora, tememos outra grande enchente, pois ainda tem cerca de 40 dias para o rio começar a baixar”, disse Vanderluce Borges.

Situação complicada na comunidade de Ressaca, onde de acordo com a moradora Fabiana Souza, as águas do Madeira já estão chegando no assoalho das casas. As famílias estão bastante assustadas e pedem ajuda do poder público.

VIDEO COMUNIDADE MUTUNS

Fonte: Vanderluce Borges, Fabiana Souza e Severino Nobre

 

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