No Distrito de Calama, famílias precisam de socorro com alimentos e água potável.
Francisco Costa – Redação Voz da Terra
O rio Madeira em Porto Velho (RO), maior afluente do Amazonas, se aproxima da cota de inundação que é 17 metros. E se continuar chovendo, uma tragédia ambiental pode causar prejuízos incalculáveis para os moradores das comunidades ribeirinhas. Na sexta-feira (11) o rio marcou 16,75 metros.
No distrito de Calama, distante 266 quilômetros de Porto Velho, onde moram mais de três mil famílias, a ajuda humanitária ainda não chegou para todos. O mesmo acontece nas comunidades vizinhas, São Carlos e Rio Preto. Roças de mandioca, macaxeira e demais culturas da agricultura familiar, principal fonte de renda das comunidades, foram devastadas pelas águas.
Lideranças comunitárias, barqueiros e moradores falaram com a reportagem do Voz da Terra e relataram atrasos, desinformação e falta de apoio dos governos. A situação se agravou após março, quando a cheia começou a destruir plantações e isolar comunidades. Em Calama, pelo menos quatro bairros foram diretamente afetados: São Francisco, Sapezal, Castanhola e Tancredo Neves. As famílias estão abrigadas em igrejas e em casas de vizinhos que ofereceram ajuda.
“Mesmo quem mora em áreas mais altas perdeu a produção. Já é da cultura ribeirinha plantar às margens do rio. Falta incentivo do governo para preparar a terra em locais mais seguros”, afirma Marivani Reis, que é coordenadora do Movimento Articulado de Mulheres Ribeirinhas.
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Fonte: Voz da Terra
Foto capa: Leandro Morais/Prefeitura de Porto Velho